segunda-feira, dezembro 12, 2005
Era uma vez uma garrafa de tira-nódoas sobre uma escrivaninha e subitamente a descer a garganta de uma criança qualquer, numa noite assim, em que a matemática e as quedas vulgares e normais pesam nas cabeças e também os olhares dos velhos nos jardins e o chamamento nocturno de primas mais velhas, líquidos nas primas mais velhas e agora
agora, foda-se
líquidos pela garganta a queimar as goelas e como lâminas no estômago, como asas no coração, uma certa paz a arrastar um coma e um sono lento a atravessar os olhos, o coração a sossegar os pulmões numa jaula de costelas. No quarto escuro há uma sombra de ossos mais ou menos regulares e nesse chão pássaros negros comem os restos de uma vida qualquer.
(Corno, in exanimatus)
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1 comentário:
8|
Gostei.
=)**
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